DOENÇAS PRÉ GRAVIDEZ - PARTE 2

- maio 16, 2017

DOENÇAS PRÉ GRAVIDEZ - PARTE 2

Continuação da lista de doenças já existentes antes da gravidez.

A rubéola é uma doença viral transmitida por via respiratória que causa sintomas como febre, manchas e dores no corpo, dificuldade ao engolir, nariz entupido, entre outros. A transmissão fetal é mais frequente nos primeiros três meses causando malformações no feto. É necessário verificarmos, através de análises ao sangue, se estamos protegidas contra esta doença, mesmo que já tenhamos levado a vacina preventiva. Isto porque esta pode perder efeito com o passar do tempo. Se a infecção fetal for confirmada, dado que não existe tratamento, poderá ter de se interromper a gravidez.

A Hepatite B é uma doença infecciosa que ataca o fígado e que pode ser assintomática durante muito tempo, até ao dia em que se lembra e ataca com força através de sintomas como vómitos, pele amarelada, fadiga, dor abdominal, entre outros. Sendo contagiosa pode passar de mãe para filho, principalmente se ocorrer no final da gravidez. O bebé ao nascer ser-lhe-á administrada a vacina contra a hepatite B e ainda anticorpos para combater o vírus. Se o bebé estiver vacinado e protegido contra esta doença, não existe qualquer contra-indicação para a amamentação.

Os problemas da tiróide são relativamente comuns e existem 2 tipos. O primeiro é o hipotireoidismo cuja causa mais comum é a deficiência de iodo. Portanto, suplementação de iodo na gravidez!! Muito importante! O segundo é o hipertireoidismo que surge normalmente associado à Doença de Graves, e pode dar origem a taquicardia, perda de peso e intolerância ao calor. As complicações fetais que pode causar incluem restrição do crescimento intra-uterino, taquicardia fetal, prematuridade e morte fetal. Os fármacos escolhidos devem ser administrados na menor dose possível dado que podem causar hipotiroidismo fetal. Se houver antecedentes deste tipo de doenças, então temos de fazer análises logo no início da gravidez.

Sugestão: suplementação de iodo na gravidez

A epilepsia é um transtorno neurológico que, embora não tenha cura, pode ser controlado através de medicação. Os sintomas vão desde uma perda de consciência até grandes convulsões, e os ataques podem ter durações e intensidades variáveis. Durante a gravidez a epilepsia tem tendência a manter-se ou até melhorar, embora existam alguns casos em que piora. Os medicamentos utilizados podem vir a interferir com o desenvolvimento do bebé e, como tal, é necessário discutirmos a medicação com um médico especialista. É também importante fazermos a suplementação do ácido fólico, dado que estes medicamentos minimizam a sua absorção.

A talassémia é uma forma de anemia genética que faz com que exista uma menor quantidade de hemoglobina normal sendo a mais comum a beta-talassémia minor. Se tivermos um histórico de anemia ou casos na família, podemos ter de efectuar um estudo das hemoglobinas para chegar ao diagnóstico. Se assim for, passa a ser necessária a suplementação de folatos e ferro desde o início da gravidez. Também se torna necessário verificar se o parceiro sofre do mesmo mal, já que nesse caso surge a possibilidade de o feto vir a ter uma talassémia major em que não produz nenhuma hemoglobina normal o que tem consequências sérias como infecções, deformidades ósseas, crescimento lento ou problemas cardíacos.

O LES (Lúpus Eritematoso Sistémico) é uma doença inflamatória que pode causar lesões da pele, articulações, pulmões, sistema nervoso central, fígado e rins e que surge como uma defesa do sistema imunitário contra o próprio organismo. Nas grávidas é imprevisível, tanto se pode manter como está, como pode melhorar ou até mesmo piorar. Já no feto pode causar aborto ou parto pré-termo. Sendo assim, é muito importante que a doença seja acompanhada durante toda a gravidez, assim como a medicação utilizada.

Este post é meramente informativo e não dispensa a consulta de um médico.

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