DOENÇAS PRÉ GRAVIDEZ - PARTE 3

- maio 30, 2017

DOENÇAS PRÉ GRAVIDEZ - PARTE 2

Vamos à última ronda da lista de doenças existentes antes da gravidez.

Embora exista muita informação referente a métodos contraceptivos e como evitar contrair doenças sexualmente transmissíveis, seja por irresponsabilidade, por acidente, tragédia ou azar, a verdade é que o número de infectados anda na casa dos milhões. No entanto hoje em dia isso deixou de ser tão problemático como era a alguns anos atrás dado que a medicina também evoluiu e já existe medicação e tratamento para controlar ou tratar a infecção (dependendo de qual falamos).

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível que causa úlcera na região genital, erupções cutâneas nas mãos e nos pés, queda de cabelo, inflamação ocular, entre muitos outros sintomas. Esta doença é transmissível da mãe para o bebé durante a gravidez ou durante o parto causando sífilis congénita. Esta por sua vez pode causar todos os sintomas típicos da sífilis, e ainda pode causar anomalias ósseas, hepatite e até mesmo morte fetal. É necessário efectuar o devido tratamento quando necessário, e fazer o rastreio da doença antes e durante a gravidez. Aquando do rastreio desta doença, durante a gravidez, existe a possibilidade de surgir um falso positivo devido a alterações imunológicas. Só depois de se fazer um teste mais específico é que se pode ter a certeza se este é de facto positivo. Portanto, nada de pânico antes da hora!

O VIH é um vírus que provoca a deterioração progressiva do sistema imunitário. Uma pessoa ter VIH não significa que tenha SIDA. Esta é uma doença do sistema imunológico causada pelo VIH que por sua vez vai aumentar a probabilidade de ocorrência de infecções e de aparecimento de cancros. No entanto o não tratamento do VIH leva ao desenvolvimento da SIDA mais cedo ou mais tarde. A evolução dos medicamentos veio aumentar a esperança e a qualidade de vida, embora ainda não exista uma cura. Este vírus pode ser passado de mãe para filho durante a gravidez ou durante o parto, no entanto com tratamento a probabilidade disto acontecer diminui bastante. Mesmo assim, é possível que o médico recomende uma cesariana para maior protecção do bebé. Após o parto o bebé terá de ser testado algumas vezes. Mesmo que no início o teste dê positivo, isto acontece porque ainda existem anticorpos maternos em circulação no bebé, mas estes acabarão por desaparecer durante os primeiros 6 meses. Dado que este vírus se transmite através de fluídos orgânicos, a amamentação fica contra-indicada para mães com VIH. O HPV (papilomavírus humano) é, como o nome indica, um vírus, que causa lesões verrucosas na zona genital e que pode ser sexualmente transmitido. Normalmente isto não impede um parto natural, mas, em casos raros, pode-se justificar a cesariana caso as lesões sejam muito grandes ou se encontrem no colo do útero. Uma grávida diagnosticada necessita de fazer tratamento, assim como o seu parceiro.

O herpes genital é causado por um vírus sexualmente transmitido que causa pequenas vesículas que fazem lembrar as da varicela e podem ser bastante desconfortáveis. A transmissão do herpes para o bebé pode vir a afectar-lhe a pele, o sistema nervoso ou o fígado. A mãe poderá ter um parto natural desde que não existam lesões na altura do parto, caso contrário, será indicada cesariana para evitar a transmissão do vírus.

O Citomegalovírus é um vírus pouco conhecido e que se transmite por contacto íntimo. É frequente nas crianças e muitas vezes assintomático. Quando os sintomas aparecem, surge febre, cansaço, dores musculares e dor de cabeça e, em casos raros, podem surgir outros sintomas mais graves. Este vírus dura algumas semanas ou alguns meses e tipicamente não deixa sequelas. No entanto, pode ser transmitido através da placenta da mãe para o bebé, assim como através da amamentação, e esta transmissão pode trazer consequências graves como cegueira ou surdez. A confirmação de infecção poderá justificar a interrupção da gravidez. Uma boa salvaguarda para não apanhar este vírus é a lavagem frequente das mãos.

Concluindo, em caso de doenças pré-existentes temos de tomar medidas preventivas, ser seguidas regularmente por um médico e a alguma terapêutica poderá ter de ser trocada para acomodar a gravidez.

Este post é meramente informativo e não dispensa a consulta de um médico.

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